Saber
ou não saber o que a gente quer na vida faz uma diferença enorme. Quem
sabe o que quer caminha mais firme, mais resoluto, mais sorridente e
jovial, levando nos olhos um estranho brilho e, na alma, a certeza do caminho já escolhido, da vocação definida, do ideal abraçado com sabedoria.
Quem sabe o que quer transmite serenidade, contagia pelo exemplo, transpira segurança e convicção.
Pense positivamente e você será um ser iluminado. O mundo é complicado e confuso? Simplifique-o sem adicionar novas complicações. Viver bem é simplificar. Você não precisa repetir a cada passo: "Sei o que quero". Sua atitude transparece no rosto, nos gestos, na fala; no jeito de ser, de sorrir, de trabalhar, de acolher, de seguir em frente, de enfrentar problemas e situações existenciais.
Quem sabe o que quer entende de Evangelho, de bem-aventuranças e de fraternidade. Indulgente e compreensivo, desculpa defeitos, revela fragilidades, porque já descobriu que ninguém é perfeito, santo, completo, infalível. Aceita divergências, opiniões conflitantes e chega até a agradecer, na confissão humilde da maturidade: "Cresço e reflito quando você discorda de mim".
Quem sabe o que quer não perde o seu tempo olhando para trás, catalogando triunfos ou mágoas de ontem. Sua meta é o futuro, seus horizontes estão plantados no amanhã, no país do ainda-por-fazer, que é tamanho e tão urgente!
Quem sabe o que quer pega o caminho mais rápido, sem se apegar a estradas fúteis, dispersivas. Não gasta energia e atenção em questiúnculas, porque seu compromisso é salvar, redimir.
Quem sabe o que quer acorda pela manhã rezando, cantando: "Obrigado, Senhor, pela noite que passou. Obrigado por mais um dia com que me presenteias para eu fazer o bem, para ser apóstolo, construtor de teu Reino".
Quem sabe o que quer irradia paz, amabilidade e misericórdia ao longo dos seus caminhos de cada dia.
Sábio e prático, o conselho da poetisa chilena Gabriela Mistral, prêmio Nobel de Literatura:
"Seja você aquele que afasta as pedras do
caminho, o ódio dos corações, as dificuldades de um problema".
Pe. Roque Schneider, SJ
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