quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Meu sol

  
E quando lembro, tenho uma saudade imensa de tudo que não fomos. Tenho uma vontade enorme de voltar e te fazer brilhar só para mim, de que você seja a luz que falta por esses dias tão nublados do meu inverno. Você nunca vai entender porque eu permaneci nos momentos em que deveria partir. Naqueles instantes em que te olhava fixamente sem dizer uma única palavra. Eu estava acumulando memórias. É, eu estava te fotografando dentro de mim, te tatuando no pensamento, para nunca esquecer o quanto foi bom o teu verão. Naqueles belos dias eu aqueci meu ser com teu amor, antes de precisar ser gelo novamente. Você foi meu sol particular, foi aquele sentimento feliz que a gente tem no verão, você astro rei iluminado, e eu toda a vastidão daquele mar, toda calma antes da tempestade. Tua paz me fez paz, e teu amor me fez amor. Você me encontrou e eu me achei em você. Nesse breve rolar de estações, fomos uma vida todinha dentro de meses, benditos esses, ensolarados e chuvosos meses. Fomos calor, carinho, luar e canção. Fomos aquele sorriso roubado no meio de uma lembrança do acaso. Aquela calmaria passageira, afeto guardado, a lembrança de paz. Fomos verão, e todo verão se vai, e  se volta, e  se aquece, e se esfria. E se guarda, e se lembra com carinho, e nunca se esquece.